Vender, a arte de ser feliz!
- Flavia de Gouvea
- 6 de fev. de 2023
- 2 min de leitura
Atualizado: 12 de jul. de 2023
Durante mais de 30 anos eu sou vendedor, acho que quem vende é vendedor, já quiseram me apelidar de muitas coisas: representante comercial, executivo de contas, consultor, empresário...
Já quiseram que eu me transformasse em um disseminador de boas notícias, contador de piadas, que eu me transformasse em amigo dos clientes.
Mas o que eu sou mesmo é vendedor, ser vendedor é ter postura, ética, saber de psicologia, de sensibilidade, de politica sem ser partidário, saber ouvir, transmitir confiança, saber chegar, sair antes que as pessoas o desejem, ser otimista sem afetação, ser por acreditar que tudo está realmente bem, ser ouvinte.
Ser vendedor é gostar e saber curtir mais o pedido do que a comissão, é crescer gradativamente e ficar grande, é gostar do frio na barriga, sabendo conviver com ele nos meses de baixa, é realizar-se com números desafiadores que você supera mês a mês, tirar o maior pedido possível, desde que seja bom também para seu cliente e para a empresa.
É compreender que as pessoas que não vivem de vendas não sabem como é, que de longe todos acham que sabem mais que você, desculpa-las por acreditarem que sempre descobriram estratégias que vão arrebentar, que na maioria das vezes são somente frases de efeito, máximas recheadas de artificialismo, à margem do mundo real dos negócios, por tentar motivá-lo das formas mais absurdas e inimagináveis.
Com estes anos de estrada, e por minha vontade de sempre vender mais, resolvi compartilhar, trocar experiências, falar de vendas com o olhar realista e atual de quem ainda vende e vai vender por muito tempo pois sou um apaixonado pela arte de vender e por sentir frio na barriga antes de fechar todo pedido, mesmo que pequeno.
Durante muitos anos, as empresas nos presentearam com palestras motivacionais, proferidas por pessoas que foram algo a muito tempo, que acreditavam em máximas antigas como "vestir a camisa da empresa, conquistar o sucesso, sacrificar horas e convívio familiar, trabalhar duro, suor, pressão".
Vejo e proponho a humanização das relações entre fábricas e vendedor, de trabalhar o planejamento na obtenção de resultados, ter qualidade de vida, viver intensamente a família, buscar prazer no que se faz e na forma de fazer, acreditar nos seus potenciais e cultiva-los, aprender a quebrar paradigmas construindo novos, adaptando-se à realidade vigente, prever e experimentar novos caminhos, capacitar-se. Obter resultados como consequência do prazer em realizar e não como objetivo e fim único que justifiquem os meios.
Abrir-se para ser feliz e encontrar prazer em ser quem você é, acreditar que com planejamento, foco, persistência e determinação, é possível ser feliz, orgulhar-se das suas conquistas e realizações, sem que o trabalho seja algo pesado e feito por obrigação, é possível fazer e se sentir satisfeito, orgulhoso fazendo o que você sempre fez, é possível encontrar prazer em tudo que nos propomos a fazer.
Que nossos conteúdos possam abrir novos horizonte dentro das mesmas realidades, que sirvam para transformar sua relação com o trabalho e com a vida!
Rogério Alves da Silva

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